Articles

Transbordo

In Sem categoria on Junho 4, 2011 by LI Tagged: , , ,

 

Transbordo,recito,transbordo

No limite de saturação do meu ser,

Já não consigo abafar o meu eu

já quase dá para fazer guerra como os fariseus.

 

 

Meus Deus,Meu Deus

Por que me fizeste tão imperfeita,

mas tão perfeita.

Para este mundo imundo.

 

Aquilo que de bom tenho a dar,

Ao mundo,tenho também para tirar.

Ao seu coração profundo,a fé à pureza.

Sim,Sou uma bipolar.E daí?Vão-me crucificar?

Cármen de Sousa

Articles

A Dama da Noite

In Sem categoria on Maio 11, 2011 by LI

Foi na passada quinta-feira,dia 24 de Março, que decorreu o jantar de gala do Instituto,estou a escrever como se o jantar fosse o mais importante mas na realidade refiro-me ao todo de uma noite que em que fui surpreendida por alguns.Que considero meus amigos.Mais uma vez peguei em mim e me reuni com os Caloiros e Veteranos,falei o que tinha de falar com as pessoas, jantei, enquanto esperava pela entrega dos prémios,em jeito de brincadeira e sem ter criado grandes expectativas três vezes me desloquei, à espécie de palco, em que se encontravam os veteranos,que curiosamente foram os caloiros,mais importantes,do ano lectivo anterior.

Um deles com um megafone que encovada tão bem na sala que penso que o meu dar de garganta iria fazer mais impacto.Bem,referia-me mesmo ao facto de gritar ao fundo da sala.

Também sons de copos se ouviam,zumbidos de conversas e conversas paralelas,Risos,olhares discretos e indiscretos e eu sempre preocupada para  não perder a compostura pois quando vou a um evento desse género abuso sempre no vinho ao jantar.

Observava aquela panóplia de estímulos como sempre, tudo o que sentia não deitava cá para fora,para variar, como se tivesse alguma coisa de muito ruim em mim que ninguém pudesse saber, mas na realidade não.

Simplesmente as coisas deixam-me curiosa e quero mesmo perceber, e nada tem a ver com o que sinto.Adiantando um pouco a cena do jantar.Fomos então para a zona da danceteria eu a Verónica e o Filipe isto num momento atribulado,vinha eu com os três prémios pendurados no braço direito, o que provocou a queda de um, o de informática,tendo ocorrido na ligação entre o restaurante e a danceteria, nas escadas.Provocou-me um pouco de preocupação pois fiz logo diversas associações psicóticas minhas que não interessam mesmo a ninguém.Lá chegaram eles, o Bruno e o Rui.E novamente adiantando a conversa. Puxei-os para dançar mesmo descaradamente e só para divertir e lá estamos, todo o grupo a dançar.A verónica sempre mais contida que eu.E eu sempre mais expansiva.Mas de certeza ela, com o mesmo gosto do evento estar a acontecer.Volta e meia fugia para averiguar como estavam os outros ares.

Mas o que fico mesmo marcado naquela noite foi ter ficado na pista a dançar com ele.Fiquei surpreendida com a atitude dele.Ele também, sempre mais contido mas a revelar mais da personalidade dele ali. Tanta gravata que por lá andava a única que fisicamente não se presenciava mas de todas a que queria roubar.

Nem mesmo o facto de ter estado na coluna com o meu outro colega me tirou suficientemente do sério para o fazer, muito embora tivesse me agradado tais efeitos feitos visuais.A afirmação do grupo fora feita.E o melhor estava para vir.Quiseram ir embora.

E fomos para o património.Adorei o lugar.Vai mais ao de encontro dos ambientes que gosto de frequentar.Lindo foi naquele ambiente psicadélico no rés-do-chão ou o que era aquilo, todos nós dançando e gesticulando.Já não podia com aquelas sapatos.Estava a morrer.E dançávamos,dançávamos.Ele a dar instruções.

Assim foi,sorrisos verdadeiros,correspondidos,amigáveis.Já de regresso.Depois de termos chegado à recepção,para pagar e passar da porta do launch bar.Desci as escadas e quando cheguei à calçada, estava toda molhada, para além disso estava escuro,não conseguia ver ponta.Medo.

Estava com ele.Para variar não sabia onde estava a colocar os pés e apoiei-me nele,repentinamente segura-me,levanta-me nos braços dele e levou-me até ao carro.Fiquei apática mas ao mesmo tempo com uma boa sensação.Ahah pelo menos as más sensações que os sapatos me provocaram tinham desaparecido momentaneamente.Pena.Ficou por ali.Fora um cavalheiro,amigo.Sem vontade de ir para casa pois só queria ter ficado lá com eles.E de todos, aqueles, com quem posso contar. E porque soube a pouco.Obrigado do fundo do coração.

LI

Articles

Flutuo

In Crónicas e Outros on Abril 13, 2011 by LI Tagged:

Articles

Asfixia

In Crónicas e Outros on Janeiro 29, 2011 by LI Tagged: ,

Quero tanto, fazer-te desaparecer da minha vida,

Esquecer e não lembrar mais,

Aquilo que para mim

é o incomum dos banais mortais.

 

Fala-me de atitude, se quando é um, contra

muitos, onde podia ser temperança  é desventura,

dilacera-me o coração por ter nas mãos,

falsa esperança.

 

Por exaustivas tentativas,

vou perdendo forças  e cartas,

são muitos, são muitos..

são demónios,no meio dos terrestres

e dentro deles, que nem por preces,

se podem confinar .

 

Talvez mudar de trajectória,

mais outra para ter história,

por paradoxal que seja,

é opcional, aliar-me a eles,

e no fim asfixiar-te!

 

E no fim que branca fique,

da ausência de sangue,

meu corpo não mais imite,

pois cada um, tem seu tempo,

merecido.

 

Cármen de Sousa

Articles

Dor

In Crónicas e Outros on Janeiro 11, 2011 by LI Tagged: , ,

img1Que dor, que dor sufocante,

Esta dor que me mata por dentro,

E que se torna aliciante.

O teu olhar, descontrola-me…deixa-me a latejar,

Os teus movimentos cativam-me e

o aroma que deitas fora,

Na tua boca eu me deixava exorcizar.

Quem me dera passar contigo, até o sol aparecer,

Tocar em tua pele e em cada traço do rosto teu.

Passar, explorando, essas tuas porções e provocando,

Em ti, mil e uma sensações.

Que desacerto, que promiscuidade, quero lá saber!

De moralidade!

Mas dói, faz doer,esta dor que me faz beber,

E  deixar-me embriagada de tamanhas emoções, reprimidas,

Que na volta sairão fora, como balas perdidas.

Que desonesta realidade e que eternidade será esta,

Aquela pessoa que precisa de ser sarada.

Como vou, repelir-me desta..?

Cármen de Sousa

Articles

Ano Novo

In Crónicas e Outros on Dezembro 31, 2010 by LI Tagged:

FireworkE mais um ano que chegou ao fim e finalmente ganhei coragem para voltar a escrever no blog… .

Estive este tempo todo em silêncio,precisei mesmo dele para mudar algumas coisas na minha vida de 2009 para 2010,durante,fim deste e mudei consideravelmente para melhor. Neste ano de 2011 que se avizinha, apelo pela coragem,método, organização e sobretudo pela consciência!

Óbvio a nível pessoal e profissional,que mais poderia ser.Ainda que me faltem as palavras para descrever o que corre cá dentro, é isso,sucintamente que pretendo neste Ano Novo que está mesmo aí a chegar.

Voltarei em breve.Espero com temas interessantes a abordar.

Li

Articles

Ser

In Crónicas e Outros on Agosto 24, 2009 by LI Tagged:

Sou quem sou..

Sou mulher..

Sou resultado de amor..

Ora fujo,

ora enfrento..

 

Sou força que se mede com o vento..

Ou breve como a brisa,

que passa cuidadosamente para não se ver..

Ou confusa só para conseguir ter…

 

Procuro intensamente viver,

corro risco,

fecho os olhos aos avisos,

deito-me no meio da estrada,

não fugindo de nada..

 

Olho para ver quem passa,

acendo desejo,

crio ilusão,

Vou embora sem dar explicação..

 

Troco sorrisos,

partilho abrigos,

grito…de êxtase ou de loucura,

Choro..comovida ou por estar desprotegida,

enalteço a minha imaginação imagine-se…

 

Sou um quadro de abstração..

feita de interrogações,

Parto tudo como tempestade por amor…

só amor, ou só por maldade

Sou por fim fogo que apenas arde!

 

Dedicado à TiMaria que com ela é só alegria!

Articles

E se nascesse velho e fosse rejuvenescendo ao longo anos?

In Filmes on Fevereiro 3, 2009 by LI Tagged:

O Estranho Caso de Benjamin Button com Brad Pitt e Cate Blanchet conta com 13 nomeações para os Óscares.

Há quem acredite que todos temos o destino traçado, e como tal, todos os momentos da nossa vida, inclusive a nossa morte, já está predestinada, sendo somente o nosso percurso uma forma de aproveitarmos aquilo e aqueles que nos rodeiam.

Independentemente das nossas crenças pessoais sobre esta matéria, encontramos neste  uma representação ficcional sobre esta questão. Se nascemos velhos e caminhamos para a nossa morte, que será quando formos um pequeno bebé, então toda a nossa vida mostra-se mais preciosa, com limite definido, e o caminho que percorremos torna-se num reconhecer de experiências, sobretudo no impacto sentido nas pessoas que vamos encontrando.

Por isso, O Estranho Caso de Benjamin Button de David Fincher acaba por ultrapassar a barreira de cinema fantástico para se elevar a um patamar quase ideológico sobre o valor da nossa existência, num autêntico hino à vida, e homenagem aqueles que já nos deixaram. Neste Filme, vemo-nos a par com o “crescimento” do jovem Button num mundo onde a aparência e os dogmas sociais estão acima da própria essência biológica e moral humana.

A vida revela-se, como sempre, um desafio, mas um desafio ainda maior por se tratar da luta de um só homem, contra todos, contra tudo, contra o tempo. Trata-se também de uma história bastante peculiar e intrigante, narrada em tom directo mas com grande subtileza, capaz de nos fazer pensar e discutir quanto vale o carinho daqueles que nos são próprios, as mudanças, constantes e sempre perturbadoras, e a vida, inevitavelmente fatal. Seja Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton, ou qualquer outro membro do elenco, parece que se deixa embrenhar pelo espírito geral do projecto, caminhando numa sintonia invulgar, e que permite ao espectador ser mais do que um mero voyeur.

A relação de vários parâmetros da vida do século XX e XXI, permite que a fronteira entre a tela e a plateia seja transposta, conseguindo misturar-se com o real, embora o tom não deixe de ser de conto fantástico. Talvez aqui é que Fincher poderá ser criticado por alguns olhares, já que não assume por completo a fantasia envolta na personagem de Benjamin Button. As outras figuras do argumento aceitam-no, e ninguém se questiona sobre a sua estranha particularidade.

Porém, Benjamin Button é mais do que uma personagem hipotética, mas será um símbolo colectivo sobre cada um de nós. Tal como a sua amada, Daisy (Cate Blanchett), ambos apresentam formas diferentes de viver a vida: Button é calmo e procura descobrir o mundo através das experiências que vive; e Daisy, curiosa e impulsiva, vive o seu mundo através das suas vivências. Se o argumento de Roth e a direcção de Fincher se mantém mais presentes a este mundo real é para não distanciar emocionalmente os espectadores do objectivo de retrato.

A ideia para esta história terá surgido com a constatação de que a melhor parte da vida é no início e a pior no fim. Benjamin Button é, no entanto, uma excepção, já que nasceu com aspecto e mentalidade de um homem em fim de vida e caminhou, ao longo do tempo, para o dia de nascimento. O argumento baseia-se no conto do norte-americano F. Scott Fitzgerald, publicado em 1992 e recentemente editado no nosso país, pela Editorial Presença.

 

Trailer :

Ficha técnica:

Ano de produção: 2008
Data de estreia: 2009-01-15
Título: O Estranho Caso de Benjamin Button
Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Argumento: Eric Roth
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Taraji P. Henson
Género: Drama
País: EUA
Duração: 159 minutos
Distribuição: Columbia Tri Star Warner

Articles

Quais as profissões com mais saída?

In Info on Janeiro 31, 2009 by LI Tagged:

Profissionais altamente qualificados e com elevado nível de especialização vão continuar a levar a melhor no mercado de trabalho. A empresa de recursos humanos Hays analisou a realidade empresarial ibérica e concluiu que, apesar da crise, há ainda profissões com futuro em Portugal.

De acordo com a Agência Financeira, que noticia o estudo “Guia Salarial” da Hays, no topo das áreas com mais possibilidades de emprego estão os sectores de tecnologia de informação (54,9%), banca (40%), construção e engenharia (35.5%), vendas e marketing (34.2%), contabilidade e finanças (33,9%) e ainda farmacêutica (31.6%).

Analisando cada uma das áreas em concreto, percebe-se que este ano o ramo das tecnologias de informação vai procurar mais “developers Java”, “accounts” e “key accounts”, bem como consultores de BI e processos.

Na banca, serão privilegiadas as competências mais técnicas e na construção e engenharia será valorizada polivalência dos trabalhadores, enquanto que na área de contabilidade e finanças percebe-se que os profissionais mais procurados serão aqueles que possuem habilitações e experiência no domínio do crédito e cobranças.

Ao nível da farmacêutica as oportunidades previstas são no domínio comercial e de marketing. Já no que toca ao mercado das vendas e do marketing propriamente ditos, o estudo da Hays indicia que a procura deverá centrar-se em perfis operacionais, com destaque para os profissionais juniores, conta a Agência Financeira.

Mais do que dados sobre as remunerações, destacam-se, pois, deste “Guia Salarial” as conclusões relativas às oportunidades de emprego, merecendo ainda menção o facto de os empregadores valorizarem mais a experiência do que a formação e concederem especial importância ao conhecimento de idiomas.

http://www.msn.com

Articles

Elogio ao Amor

In Crónicas e Outros on Outubro 31, 2008 by LI Tagged:

Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática.

O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas.Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amorcego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje .

Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.

O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.

O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente.

O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.”

By: Miguel Esteves Cardoso – Expresso